Uma composição mineral, encontrada em abundância na bacia do rio Parnaíba, no Maranhão, poderá ser empregada para fixar nutrientes em plantas e ajudar pequenos e médios agricultores a aumentar a produtividade e reduzir custos.
Trata-se de uma composição zeolítica, formada principalmente por quartzo, argila esmectita e zeólita sedimentar. Zeólitas são minerais de um grupo abrangente de aluminossilicatos hidratados, geralmente com sódio, cálcio e potássio como elementos principais.
A composição foi analisada e aprimorada com a inclusão de fertilizantes e outros elementos químicos por pesquisadores do Cetem - Centro de Tecnologia Mineral, da CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. O trabalho gerou um pedido de patente no Inpi - Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Segundo um dos pesquisadores, Fernando de Souza Barros, professor emérito do Instituto de Física da UFRJ, o sedimento mineral zeolítico brasileiro tem as mesmas características dos materiais importados para a fabricação de fertilizantes, especialmente de Cuba e dos Estados Unidos.
“Esse tipo de areia zeolítica sedimentar, encontrada em abundância na bacia do rio Parnaíba, tem o mesmo efeito do material importado, mas, com um custo bem inferior”, disse Souza Barros à Agência Fapesp. “Com o pedido de patente, começamos a desmistificar a necessidade de importação desse material nobre extraído de jazidas vulcânicas.”
Além do baixo custo, que o pesquisador preferiu não precisar, uma vez que tais cálculos serão feitos pelas empresas que deverão comercializar os produtos formulados a partir da composição mineral, outra vantagem da areia zeolítica nacional é a fácil extração.
“Não é necessário fazer grandes buracos e nenhum tipo de mineração sofisticada para extraí-la. Temos uma área extremamente abrangente com esse sedimento. Só na bacia do Parnaíba são mais de 300 mil quilômetros quadrados”, disse o professor da UFRJ.
Testes confirmaram a eficácia do sedimento no cultivo de rosas. Conduzidos por pesquisadores da Embrapa Solos junto a floricultores de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, os estudos de campo mostraram que as hastes das flores cresceram, em média, 20% a mais.
“Nesse caso, chegamos ao extremo de não ter que fazer nenhum tratamento nas rosas. Simplesmente essa areia zeolítica foi jogada com outros fertilizantes ao redor das mudas e as plantas conseguiram absorver mais nutrientes do solo”, disse Souza Barros.
O projeto gerou mais de 20 artigos científicos sobre pesquisas com outras culturas, como tomate, alface e frutas cítricas. Por conta dos resultados positivos, as instituições envolvidas com a inovação iniciaram esforços para tornar a tecnologia disponível a produtores rurais.
“Estamos em busca de empresas brasileiras interessadas em explorar essa tecnologia, desde a extração sustentável do sedimento até seu beneficiamento em condições econômicas que sejam acessíveis também a pequenos agricultores. Estima-se que cerca de 40% dos custos da agroindústria brasileira estejam nos gastos com fertilizantes e nutrientes”, destacou Souza Barros. (Agência Fapesp)
Trata-se de uma composição zeolítica, formada principalmente por quartzo, argila esmectita e zeólita sedimentar. Zeólitas são minerais de um grupo abrangente de aluminossilicatos hidratados, geralmente com sódio, cálcio e potássio como elementos principais.
A composição foi analisada e aprimorada com a inclusão de fertilizantes e outros elementos químicos por pesquisadores do Cetem - Centro de Tecnologia Mineral, da CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. O trabalho gerou um pedido de patente no Inpi - Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Segundo um dos pesquisadores, Fernando de Souza Barros, professor emérito do Instituto de Física da UFRJ, o sedimento mineral zeolítico brasileiro tem as mesmas características dos materiais importados para a fabricação de fertilizantes, especialmente de Cuba e dos Estados Unidos.
“Esse tipo de areia zeolítica sedimentar, encontrada em abundância na bacia do rio Parnaíba, tem o mesmo efeito do material importado, mas, com um custo bem inferior”, disse Souza Barros à Agência Fapesp. “Com o pedido de patente, começamos a desmistificar a necessidade de importação desse material nobre extraído de jazidas vulcânicas.”
Além do baixo custo, que o pesquisador preferiu não precisar, uma vez que tais cálculos serão feitos pelas empresas que deverão comercializar os produtos formulados a partir da composição mineral, outra vantagem da areia zeolítica nacional é a fácil extração.
“Não é necessário fazer grandes buracos e nenhum tipo de mineração sofisticada para extraí-la. Temos uma área extremamente abrangente com esse sedimento. Só na bacia do Parnaíba são mais de 300 mil quilômetros quadrados”, disse o professor da UFRJ.
Testes confirmaram a eficácia do sedimento no cultivo de rosas. Conduzidos por pesquisadores da Embrapa Solos junto a floricultores de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, os estudos de campo mostraram que as hastes das flores cresceram, em média, 20% a mais.
“Nesse caso, chegamos ao extremo de não ter que fazer nenhum tratamento nas rosas. Simplesmente essa areia zeolítica foi jogada com outros fertilizantes ao redor das mudas e as plantas conseguiram absorver mais nutrientes do solo”, disse Souza Barros.
O projeto gerou mais de 20 artigos científicos sobre pesquisas com outras culturas, como tomate, alface e frutas cítricas. Por conta dos resultados positivos, as instituições envolvidas com a inovação iniciaram esforços para tornar a tecnologia disponível a produtores rurais.
“Estamos em busca de empresas brasileiras interessadas em explorar essa tecnologia, desde a extração sustentável do sedimento até seu beneficiamento em condições econômicas que sejam acessíveis também a pequenos agricultores. Estima-se que cerca de 40% dos custos da agroindústria brasileira estejam nos gastos com fertilizantes e nutrientes”, destacou Souza Barros. (Agência Fapesp)