Febre amarela em 49 municípios

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Quarenta e nove municípios goianos registraram mortes de macacos por suspeita de febre amarela até quarta-feira, segundo registros da Secretaria de Saúde do Estado. Os casos estão sendo investigados e não há previsão de quando os laudos ficarão prontos. O Estado tem 246 municípios. A morte de animais por febre amarela é considerada um fato importante pelas autoridades de saúde, pois indica que há presença do vírus no meio ambiente.

A possível existência da doença, que pode matar em até dois dias, dependendo da quantidade de vírus injetada no corpo humano pelo mosquito transmissor, levou milhares de pessoas a lotar os postos de saúde das cidades goianas nos últimos dias. Em Pirenópolis, por exemplo, onde pode ter ocorrido a transmissão da doença a Graco Abubakik, de 38 anos, que morreu na terça-feira, em Brasília, chegou a faltar doses da vacina para a população.

O mesmo ocorreu na Cidade Ocidental, no entorno do Distrito Federal, onde apenas um dos três postos de saúde dispunha de vacinas. Por isso, o tempo de espera para atendimento chegava a duas horas.

A Secretaria de Saúde de Goiás confirmou a falta de vacinas em algumas cidades onde a procura está maior. De acordo com informações do órgão, isso ocorre porque os centros de saúde não estão suportando a grande demanda dos últimos dias. Esses postos são de pequeno porte e não conseguem armazenar grandes quantidades do medicamento, que necessita de condições especiais de estocagem, como temperatura de 2ºC a 5ºC.

No entanto, a Secretaria de Saúde goiana destaca que mais 250 mil doses da vacina foram liberadas pelo Ministério da Saúde às 15 regionais, que são estruturas localizadas em diversas regiões do Estado responsáveis pela distribuição do material.

Paraná preocupado com a doença

A Secretaria de Saúde do Paraná está alertando as pessoas com viagem marcada para outros estados que se vacinem contra a febre amarela, principalmente os viajantes para áreas endêmicas (regiões Centro-Oeste e Norte, Maranhão e Minas Gerais) e região de transição (oeste do Paraná, Santa Catarina, Piauí e São Paulo), assim como para países latinos.

Em nota oficial, a secretaria informa que todos os postos de saúde do Paraná têm doses da vacina à disposição. O Estado não registra nenhum caso da doença desde 1942, mas segundo a coordenadora do Programa de Combate à Dengue do Paraná, Márcia Gil, na região oeste do Estado, área considerada de transição, há circulação de macacos que podem ser hospedeiros da doença.

A morte de um empresário, nesta semana, em Maringá, por uma síndrome hemorrágica aguda (quadro clínico presente em doenças como hantavirose, febre amarela, dengue e leptospirose), está sendo investigada pela Secretaria de Saúde. No entanto, de acordo com a nota, a hipótese mais provável é de que o caso se trata de leptospirose.

A suspeita de febre amarela surgiu pelo fato de o paciente ter estado em área de risco, na cidade de Caldas Novas (GO), no final do ano.

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