Só uma ação na estréia

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Com o apoio de soldados da Força Nacional e de agentes federais, fiscais do Ibama invadem madeireira. Hoje, carvoarias ilegais serão o alvo



No primeiro dia de ação de campo da Operação Arco de Fogo, fiscais do Ibama, acompanhados por um forte aparato militar, invadiram ontem a DK Madeireira, no centro de Tailândia.

Soldados da Força Nacional de Segurança (FNS) e policiais federais armados com metralhadoras e escopetas participaram da ação. De acordo com levantamentos preliminares, havia no local entre 800 metros cúbicos e mil metros cúbicos de madeira de procedência ilegal. A multa para a madeireira, segundo o ecólogo Bruno Versiani, coordenador do Ibama na operação, pode variar de R$ 100 a R$ 500 por metro cúbico de madeira ilegal apreendida.

A DK tem licença ambiental para funcionar, apresentou cadastro técnico federal e documentação comprovando origem de mil metros cúbicos de madeira que se encontravam em seus pátios de estocagem. Foi a única investida do dia. Doze funcionários do Ibama fiscalizaram toda a documentação da madeireira, cubaram os estoques no pátio de estocagem e mediram e identificaram as toras.

Bruno Versiani reconheceu a morosidade do primeiro dia de operação. Se forem vistoriadas todas as madeireiras de Tailândia, a Arco de Fogo teria que ficar mais de dois meses no município. O ecólogo assegurou, de qualquer forma, que a partir de hoje, com a chegada de mais funcionários do Ibama, os trabalhos serão direcionados em várias frentes. “Vamos fazer um serviço bem feito”, prometeu Bruno Versiani.

Carvoarias

Com o uso de helicópteros, a Operação Arco de Fogo vai centrar fogo, a partir de hoje, nas carvoarias ilegais do município. Madeireiros da região estimam que há mais de quatro mil fornos de carvão funcionando irregularmente na região. Tailândia, às margens da PA-150, é um dos maiores fornecedores de carvão vegetal para as usinas siderúrgicas de ferro gusa de Marabá, no sudeste paraense, a 280km de distância.

Em plena zona urbana há fornos em funcionamento, inclusive nos fundos de serrarias, aproveitando as sobras da industrialização da madeira. Os coordenadores da operação mantêm sigilo sobre a investida contra as carvoarias, mas a ordem é aplicar um golpe definitivo no transporte de carvão vegetal ilegal pela PA-150.

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