O sistema de vigilância Global Forest Watch une tecnologia de satélite e dados abertos para o acompanhamento da gestão de áreas verdes em todo o globo. Projeto pioneiro do Brasil inspirou criação da ferramenta.
Deutsch Welle
O sistema de monitoramento de devastação da Amazônia inspirou um projeto internacional desenvolvido pelo Google, Programa das Nações das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma) e Word Resources Institute (WRI). No ar desde a semana passada, a plataforma Global Forest Watch oferece um mapa interativo, mostra os pontos de ganho e perda de áreas verdes e oferece um quadro geral sobre o desmatamento no mundo.
"O Brasil foi o único país do mundo que criou um sistema de alertas sobre o desmatamento de áreas verdes. A perda de cobertura florestal foi reduzida na Amazônia em parte por causa desse mecanismo", explica Nigel Sizer, diretor da Iniciativa Global de Florestas do WRI.
A iniciativa internacional foi baseada no projeto do instituto de pesquisas Imazon, com sede em Belém, no Pará, fundado em 1990. A organização sem fins lucrativos mapeia a devastação no bioma por meio Sistema de Alerta de Desmatamento, ou Sad. O Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também serviu como base para a criação do Global Forest Watch.
Vigilância e denúncias
Com a atualização dos dados de satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana, a ferramenta colaborativa é atualizada em tempo real. Além de obter informações sobre a gestão das florestas em todo o globo, os usuários têm a oportunidade de contribuir, publicar histórias e fotos sobre a situação do desmatamento na região onde vivem. Instituições, ONGs, empresas e poder público também podem lançar alertas sobre a má conservação das florestas.
"Empresas podem utilizar o sistema, por exemplo, para monitorar a indústria extrativa e saber se, nesses locais, as florestas estão sendo devastada", explica Sizer. "Um pequeno grupo local também pode usar o site para identificar pontos de desmatamento na sua comunidade e mobilizar ações para mudar esse cenário."
Sistema de alertas
No portal, estão disponíveis informações sobre as dimensões da cobertura verde, a legislação florestal e as convenções ratificadas por cada país do mundo.
No tópico “Mudança Florestal“, por exemplo, o usuário pode filtrar a observação do mapa por diferentes tipos de alerta. A Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, oferece um quadro geral sobre ganhos e perdas de cobertura vegetal a cada ano, enquanto que o alerta FORMA (sigla para Forest Monitoring for Action) apresenta dados sobre o desmatamento nos trópicos, mês a mês.
Em "Nasa Incêndios Ativos", dados de satélite conseguem identificar onde estão ocorrendo queimadas, e essas informações são atualizadas diariamente.
No ano passado, o governo da Indonésia utilizou os serviços da WRI para identificar quais empresas estavam provocando incêndios florestais. "O governo agiu contra isso e as indústrias foram punidas. Esperamos que o mesmo aconteça com o uso do Global Forest Watch", afirma Sizer.
Ao lado da Rússia, Canadá, Estados Unidos e Indonésia, o Brasil é um dos países com os maiores índices de desmatamento. De acordo com levantamento da Universidade de Maryland e do Google, o mundo perdeu 2,3 milhões de quilômetros quadrados de florestas entre 2000 e 2012. É como perder uma área florestal equivalente a 50 campos de futebol a cada minuto.
A plataforma também está disponível em português no endereço www.globalforestwatch.org.
O sistema de monitoramento de devastação da Amazônia inspirou um projeto internacional desenvolvido pelo Google, Programa das Nações das Nações Unidas para Meio Ambiente (Pnuma) e Word Resources Institute (WRI). No ar desde a semana passada, a plataforma Global Forest Watch oferece um mapa interativo, mostra os pontos de ganho e perda de áreas verdes e oferece um quadro geral sobre o desmatamento no mundo.
"O Brasil foi o único país do mundo que criou um sistema de alertas sobre o desmatamento de áreas verdes. A perda de cobertura florestal foi reduzida na Amazônia em parte por causa desse mecanismo", explica Nigel Sizer, diretor da Iniciativa Global de Florestas do WRI.
A iniciativa internacional foi baseada no projeto do instituto de pesquisas Imazon, com sede em Belém, no Pará, fundado em 1990. A organização sem fins lucrativos mapeia a devastação no bioma por meio Sistema de Alerta de Desmatamento, ou Sad. O Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também serviu como base para a criação do Global Forest Watch.
Vigilância e denúncias
Com a atualização dos dados de satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana, a ferramenta colaborativa é atualizada em tempo real. Além de obter informações sobre a gestão das florestas em todo o globo, os usuários têm a oportunidade de contribuir, publicar histórias e fotos sobre a situação do desmatamento na região onde vivem. Instituições, ONGs, empresas e poder público também podem lançar alertas sobre a má conservação das florestas.
"Empresas podem utilizar o sistema, por exemplo, para monitorar a indústria extrativa e saber se, nesses locais, as florestas estão sendo devastada", explica Sizer. "Um pequeno grupo local também pode usar o site para identificar pontos de desmatamento na sua comunidade e mobilizar ações para mudar esse cenário."
Sistema de alertas
No portal, estão disponíveis informações sobre as dimensões da cobertura verde, a legislação florestal e as convenções ratificadas por cada país do mundo.
No tópico “Mudança Florestal“, por exemplo, o usuário pode filtrar a observação do mapa por diferentes tipos de alerta. A Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, oferece um quadro geral sobre ganhos e perdas de cobertura vegetal a cada ano, enquanto que o alerta FORMA (sigla para Forest Monitoring for Action) apresenta dados sobre o desmatamento nos trópicos, mês a mês.
Em "Nasa Incêndios Ativos", dados de satélite conseguem identificar onde estão ocorrendo queimadas, e essas informações são atualizadas diariamente.
No ano passado, o governo da Indonésia utilizou os serviços da WRI para identificar quais empresas estavam provocando incêndios florestais. "O governo agiu contra isso e as indústrias foram punidas. Esperamos que o mesmo aconteça com o uso do Global Forest Watch", afirma Sizer.
Ao lado da Rússia, Canadá, Estados Unidos e Indonésia, o Brasil é um dos países com os maiores índices de desmatamento. De acordo com levantamento da Universidade de Maryland e do Google, o mundo perdeu 2,3 milhões de quilômetros quadrados de florestas entre 2000 e 2012. É como perder uma área florestal equivalente a 50 campos de futebol a cada minuto.
A plataforma também está disponível em português no endereço www.globalforestwatch.org.