Servidora pública resistiu mas foi obrigada a sair de casa nesta quarta-feira.
Rio chegou a cota de 18,83 metros. Mais de 2 mil famílias saíram de casa.
Suzi Rocha
Do G1 RO
Os moradores da Rua 13 de Setembro, no Bairro Areal, região central de Porto Velho, estão aflitos com o nível histórico do Rio Madeira que alagou parte da pista, inundando algumas residências e deixando outras isoladas. A água chega pelo Bairro Baixa da União e a situação se agrava devido aos bueiros entupidos. Na tarde desta quarta-feira (5), a servidora pública Sônia Veiga retirou o que ainda restava na casa onde mora com três filhos e a nora. A mãe dela, uma idosa de 75 anos, mora ao lado e também precisou abandonar o imóvel. O Rio Madeira chegou a cota de 18,83 metros, nesta quarta, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). Mais de 2 mil famílias foram afetadas pela cheia histórica.
Cheia histórica do Rio Madeira, alaga BR-364 (Foto: Sérgio Vale/Secom Acre)
“Vamos passar esta noite em casa de parentes, mas são pessoas que, embora estejam nos socorrendo, não poderão nos acomodar por muito tempo. Pesquisei umas casas para alugar, mas os valores são absurdos. Vou amanhã a prefeitura, saber se posso contar com eles para alguma coisa”, disse Sônia, muito abalada. A família conta que a Defesa Civil retirou alguns móveis e eletrodomésticos, na semana passada, mas, como ainda não tinham para onde ir, a mudança não foi feita por completo. Dos moradores que vivem no trecho mais atingido da Rua 13 de Setembro, a família de dona Sônia foi a última a sair do local.
A assessoria de comunicação da Defesa Civil informou que muitas famílias resistem em sair das casas, dificultando os trabalhos. “Nosso trabalho é de assistência, mas principalmente preventivo. Estivemos na casa da dona Sônia, orientamos para que deixassem o local, oferecemos vaga em abrigo, mas não tivemos sucesso na retirada da família. A demanda é grande e hoje quando eles acionaram a Defesa Civil as equipes estavam em outras ocorrências. Amanhã a família dela deverá ser atendida”, afirmou o tenente coronel Demargli da Costa Farias.
Aos fundos da casa de Sônia está a residência de Ivo Monteiro, de 55 anos, que ainda não foi atingida pela cheia do Rio Madeira. No entanto, ele acredita que o local pode ser alagado e teme pela segurança da família. “Graças a Deus ainda não fomos diretamente atingidos. O nosso problema é o acesso até aqui. Estamos atrás da rua alagada e temos que entrar pela Avenida Campos Sales, por dentro da Escola Padre Chiquinho. Só assim chegamos em casa", reclama Ivo.
Os moradores da área dizem que o acesso pela escola, após as 22h fica impossibilitado. O vigia da instituição afirma que após esse horário as pessoas não podem mais sair de casa pelo acesso improvisado. Apenas aos moradores conhecidos, ele permite a entrada. “Estamos ilhados. Pedimos que a prefeitura venha tomar providência, improvise uma ponte, enfim, nos socorrer. Dá para improvisar o acesso dos moradores pelo posto de saúde que fica ao lado da escola, não sei, mas tem que existir uma alternativa”, apela a moradora Janice da Silva, grávida de sete meses.
Há três semanas, a família de João Batista deixou a casa invadida pela água. “Vim aqui só para fechar o portão que foi aberto por causa do banzeiro que a água faz quando os veículos passam. Precisam interditar logo essa rua, pois o pouco que ainda restou dentro da casa está pendurado, correndo o risco de ser perdido também”, disse Batista.
No Bairro Areal existem três abrigos onde centenas de pessoas estão vivendo: Escola Estadual Estudo e Trabalho, Escola Estadual Getúlio Vargas e Centro Salesiano do Menor, este último nas dependências da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Os moradores da Rua 13 de Setembro, no Bairro Areal, região central de Porto Velho, estão aflitos com o nível histórico do Rio Madeira que alagou parte da pista, inundando algumas residências e deixando outras isoladas. A água chega pelo Bairro Baixa da União e a situação se agrava devido aos bueiros entupidos. Na tarde desta quarta-feira (5), a servidora pública Sônia Veiga retirou o que ainda restava na casa onde mora com três filhos e a nora. A mãe dela, uma idosa de 75 anos, mora ao lado e também precisou abandonar o imóvel. O Rio Madeira chegou a cota de 18,83 metros, nesta quarta, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). Mais de 2 mil famílias foram afetadas pela cheia histórica.
Cheia histórica do Rio Madeira, alaga BR-364 (Foto: Sérgio Vale/Secom Acre)
“Vamos passar esta noite em casa de parentes, mas são pessoas que, embora estejam nos socorrendo, não poderão nos acomodar por muito tempo. Pesquisei umas casas para alugar, mas os valores são absurdos. Vou amanhã a prefeitura, saber se posso contar com eles para alguma coisa”, disse Sônia, muito abalada. A família conta que a Defesa Civil retirou alguns móveis e eletrodomésticos, na semana passada, mas, como ainda não tinham para onde ir, a mudança não foi feita por completo. Dos moradores que vivem no trecho mais atingido da Rua 13 de Setembro, a família de dona Sônia foi a última a sair do local.
A assessoria de comunicação da Defesa Civil informou que muitas famílias resistem em sair das casas, dificultando os trabalhos. “Nosso trabalho é de assistência, mas principalmente preventivo. Estivemos na casa da dona Sônia, orientamos para que deixassem o local, oferecemos vaga em abrigo, mas não tivemos sucesso na retirada da família. A demanda é grande e hoje quando eles acionaram a Defesa Civil as equipes estavam em outras ocorrências. Amanhã a família dela deverá ser atendida”, afirmou o tenente coronel Demargli da Costa Farias.
Aos fundos da casa de Sônia está a residência de Ivo Monteiro, de 55 anos, que ainda não foi atingida pela cheia do Rio Madeira. No entanto, ele acredita que o local pode ser alagado e teme pela segurança da família. “Graças a Deus ainda não fomos diretamente atingidos. O nosso problema é o acesso até aqui. Estamos atrás da rua alagada e temos que entrar pela Avenida Campos Sales, por dentro da Escola Padre Chiquinho. Só assim chegamos em casa", reclama Ivo.
Os moradores da área dizem que o acesso pela escola, após as 22h fica impossibilitado. O vigia da instituição afirma que após esse horário as pessoas não podem mais sair de casa pelo acesso improvisado. Apenas aos moradores conhecidos, ele permite a entrada. “Estamos ilhados. Pedimos que a prefeitura venha tomar providência, improvise uma ponte, enfim, nos socorrer. Dá para improvisar o acesso dos moradores pelo posto de saúde que fica ao lado da escola, não sei, mas tem que existir uma alternativa”, apela a moradora Janice da Silva, grávida de sete meses.
Há três semanas, a família de João Batista deixou a casa invadida pela água. “Vim aqui só para fechar o portão que foi aberto por causa do banzeiro que a água faz quando os veículos passam. Precisam interditar logo essa rua, pois o pouco que ainda restou dentro da casa está pendurado, correndo o risco de ser perdido também”, disse Batista.
No Bairro Areal existem três abrigos onde centenas de pessoas estão vivendo: Escola Estadual Estudo e Trabalho, Escola Estadual Getúlio Vargas e Centro Salesiano do Menor, este último nas dependências da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.