Mamífero mais rápido do mundo corre risco maior por ultrapassar áreas de conservação; especialistas defendem mudança de status da espécie.
BBC
Um novo estudo sobre o declínio da população de guepardos afirma que a espécie caminha para a extinção.
Cientistas estimam que apenas 7,1 mil desses animais vivam soltos na natureza.
O guepardo é o mamífero mais rápido do mundo e pode alcançar 112 km/h, mais do que o dobro do velocista jamaicano Usain Bolt, por exemplo.
Os animais se alimentam de espécies como gazelas e javalis. São também um dos carnívoros de maior alcance territorial no mundo, ou seja, percorrem enormes áreas.
Como se deslocam por grandes distâncias, costumam ultrapassar os limites de áreas protegidas, como parques e reservas, e estão cada vez mais sob risco da ação de fazendeiros que atuam em regiões em que o guepardo caça.
Outro grande problema é que filhotes estão sendo retirados da natureza para serem vendidos ilegalmente como animais de estimação.
Segundo o Fundo para Conservação do Guepardo (Cheetah Conservation Fund), cerca de 1,2 mil filhotes foram retirados da África nos últimos dez anos.
No passado, guepardos eram encontrados ao longo da África e da Ásia, numa faixa que se estendia do sul da África à Índia.
Estima-se agora, contudo, que existam apenas 50 deles na Ásia, segundo uma investigação da Sociedade Zoológica de Londres e do Fundo para Conservação da Vida Selvagem.
Os autores da pesquisa defendem que o guepardo seja reclassificado como espécie ameaçada e reivindicam ações urgentes para a conservação do animal.